Mudanças no comportamento dos mosquitos em secas: mais picadas para hidratação e sobrevivência
São PauloBiólogos da Universidade de Cincinnati descobriram como os mosquitos se adaptam durante períodos de seca, com a pesquisa liderada por Christopher Holmes. Quando a água é escassa, os mosquitos recorrem mais frequentemente ao sangue para se hidratar e assegurar sua sobrevivência. Esse comportamento mantém estável a população de mosquitos, mesmo em condições menos favoráveis.
Estudo revela descobertas importantes sobre mosquitos:
- Mosquitos aumentam a ingestão de sangue para sobreviver à seca.
- Seus ovos resistem a longos períodos secos, eclodindo rapidamente com a chegada da chuva.
- A mudança climática está tornando os mosquitos mais resistentes.
Fêmeas de mosquitos dependem do sangue não apenas para a reprodução, mas também para se manterem hidratadas. Em períodos de seca, elas picam repetidamente antes de depositar os ovos, o que contribui para a maior disseminação de doenças como malária, Zika e dengue. Pesquisas mostram que durante a estiagem, embora o número de mosquitos sobreviventes seja menor, eles se tornam mais agressivos na busca por sangue.
Sensory Adaptations in Mosquitoes
A equipe investigou as adaptações sensoriais dos mosquitos. Descobriu-se que aqueles com uma capacidade reduzida de perceber dióxido de carbono tiveram dificuldade em encontrar hospedeiros, o que impactou sua sobrevivência em tempos de seca. Por outro lado, mosquitos que conseguiam detectar variações de umidade tiveram mais sucesso em condições de aridez.
A resiliência dos ovos do mosquito é impressionante. Os ovos do mosquito Aedes aegypti conseguem sobreviver em condições secas por até um ano. Quando finalmente chove, esses ovos eclodem rapidamente, resultando em um aumento repentino das populações de mosquitos. Esse fenômeno de eclosão rápida ajuda a explicar por que o número de mosquitos volta a subir tão rapidamente após a chuva.
A capacidade dos mosquitos de suportar diferentes climas é impressionante. Alguns conseguem até sobreviver a temperaturas frias escondendo-se e conservando energia até poderem buscar alimento novamente. Essa adaptabilidade permitiu que prosperassem em diversos ambientes, exceto na Antártica.
Compreender essas estratégias de sobrevivência é crucial para enfrentar a disseminação de doenças transmitidas por mosquitos. Esses insetos antigos continuam a nos desafiar devido à sua notável resiliência e capacidade de se reproduzir rapidamente em condições mutáveis.
Secas aumentam picadas
Mosquitos Intensificam Picadas Durante Secas
Os mosquitos não param de agir durante as secas; na verdade, ficam mais sedentos e agressivos. Um estudo recente revela que esses insetos picam com mais frequência em períodos de seca, pois necessitam de mais sangue para se manterem hidratados e se prepararem para a postura de ovos. Esse comportamento tem implicações importantes para a saúde pública, uma vez que, durante os períodos secos, mesmo que haja menos mosquitos, os que aparecem tendem a picar mais. Isso pode agravar a disseminação de doenças transmitidas por mosquitos em épocas de seca.
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Principais descobertas do estudo revelam que:
- Mosquitos picam com mais frequência na ausência de água.
- Eles utilizam o sangue não só para colocar ovos, mas também para se hidratar.
- A mudança climática, com invernos mais quentes, pode intensificar esses comportamentos.
Compreender esses comportamentos é crucial para se preparar e possivelmente mitigar a disseminação de doenças como dengue, Zika e malária nos períodos de estiagem. Algumas espécies de mosquitos conseguem sobreviver sem chuvas por mais de duas semanas, utilizando o sangue armazenado como fonte de energia até que possam depositar seus ovos. Durante as secas, alimentam-se repetidamente para manter a hidratação, resultando em mais picadas e um aumento do risco de transmissão de doenças quando estão ativos.
Mosquitos são incrivelmente resistentes. Ao longo de milhões de anos, eles sobreviveram a mudanças ambientais drásticas. Suas estratégias de adaptação, como picar com mais frequência durante períodos de seca e sobreviver com pouca água, fazem deles vetores formidáveis de doenças. Os ovos de algumas espécies podem permanecer viáveis por quase um ano em condições secas, eclodindo quando a chuva retorna. Isso evidencia seu ciclo de vida robusto e sua capacidade de prosperar com as mudanças climáticas.
Observar atentamente os padrões dos mosquitos é crucial, especialmente com as mudanças climáticas alterando os padrões climáticos. Compreender por que os mosquitos picam mais em certas condições pode orientar estratégias de saúde pública para reduzir o risco de disseminação de doenças, mesmo quando o céu está limpo e o solo está seco.
Impacto do clima
Mudanças climáticas têm um papel importante na alteração do comportamento dos mosquitos, especialmente durante períodos de seca. Quando a chuva é escassa, os mosquitos recorrem a se alimentar de sangue para se manterem hidratados e sobreviverem. Essa mudança de comportamento tem implicações críticas para a saúde pública, pois o risco de doenças transmitidas por mosquitos pode aumentar. Apesar de podermos esperar menos mosquitos durante secas, aqueles que persistem picam com mais frequência.
Alguns impactos das mudanças climáticas sobre os mosquitos:
Mosquitos e as Mudanças Climáticas
- Invernos mais quentes permitem que os mosquitos sobrevivam e se tornem ativos mais cedo na temporada.
- Situações de seca fazem com que os mosquitos procurem refeições de sangue com mais frequência, aumentando o risco de transmissão de doenças.
- A variabilidade climática causa padrões inconsistentes na atividade dos mosquitos, dificultando a previsão de surtos.
- A capacidade de adaptação dos mosquitos ajuda-os a sobreviver em diferentes habitats, ampliando sua área de alcance.
Condições de seca forçam mosquitos a se adaptarem ao depender mais do sangue humano e animal. Essa adaptação gera preocupações de saúde pública, pois aumenta as chances de disseminação de doenças como dengue, Zika e malária. Temperaturas mais altas contribuem para temporadas de reprodução mais longas, facilitando o rápido crescimento populacional assim que as condições favoráveis retornam.
A resiliência dos mosquitos é impressionante, derivando de sua capacidade de suportar mudanças ambientais extremas. Os ovos podem permanecer viáveis por meses, aguardando o momento certo para eclodir. Quando as chuvas retornam, as populações de mosquitos podem se recuperar rapidamente. Essa resiliência permite que eles persistam mesmo com as alterações em seus ecossistemas causadas pelas mudanças climáticas.
Compreender o comportamento dos mosquitos durante períodos de seca nos oferece informações sobre como as mudanças climáticas afetam suas estratégias de sobrevivência. Conhecer esses padrões pode ajudar a desenvolver melhores métodos de controle. A preparação é essencial, pois permite que as autoridades de saúde antecipem e gerenciem os riscos associados ao aumento da atividade de mosquitos durante secas e em meio a climas em transformação ao redor do mundo.
O estudo é publicado aqui:
https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S2589004225000197e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é
Christopher J. Holmes, Souvik Chakraborty, Oluwaseun M. Ajayi, Melissa R. Uhran, Ronja Frigard, Crystal L. Stacey, Emily E. Susanto, Shyh-Chi Chen, Jason L. Rasgon, Matthew DeGennaro, Yanyu Xiao, Joshua B. Benoit. Multiple blood feeding bouts in mosquitoes allow for prolonged survival and are predicted to increase viral transmission during dry periods. iScience, 2025; 111760 DOI: 10.1016/j.isci.2025.111760
bem como o referência de notícias.
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